sexta-feira, 26 de agosto de 2011

No final, o governo ganhou



O 24 de agosto é sempre um dia fatídico para aq história política do Brasil. Calma, gente, não estou comparando nada com nada, isto é, não estou lembrando a morte de Getúlio Vargas ou mesmo a renúncia de Jânio Quadros que se deu num 25 de agosto, com o que tem acontecido recentemente na política paraibana.
Apenas ressalto que este 24 de agosto começou na Assembleia Legislativa com uma derrota do governo, que não pôde eleger o presidente da Comissão de Constituição e Justiça , mas terminou com uma vitória marcante na questão da permuta dos terrenos da Acadepol e do Geisel.
Ricardo está tendo um esforço fora de série para tentar mudar os modos políticos da Paraíba. Não paparica os deputados, como era do costume, ressalta sempre a questão das políticas públicas e sugere permanentemente um relacionamento mais republicano entre os poderes.
Levar tudo isso em pouco tempo – ele só assumiu há oito meses – não é fácil. Mas com derrotas ali, vitórias aqui, ele vai conseguindo impor uma mentalidade nova de governo, segundo a qual a prioridade número um é o interesse púbico; na sequência, sem o interesse político-partidário.
Quem leu o post abaixo viu que este blog não teve qualquer dificuldade em atribuir-lhe a derrota de logo cedo. Aliás, nem tinha como fazê-lo, porque a derrota ocorreu. Acho mesmo que se o governo tivesse jogado com mais empenho poderia tê-la evitado.
Mas a aprovação do projeto de lei autorizando a permuta entre os dois terrenos – um do Estado e outro da iniciativa privada – foi muito maior do que qualquer outra.
O governador vai conseguindo, sabe-se lá com quantas dificuldades, implantar um estilo de gestão que muda, se não às pressas, ao menos paulatinamente, o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.
Acho que a vitória não é nem dele. É de um modelo. Um novo paradigma que se tenta implantar no Estado. Quais os outros obstáculos que o governo terá pela frente, só o tempo dirá. Mas nesses primeiros rounds, ele tem vencido.
Nada que lhe autorize a soberba. Mas certamente alguma coisa que lhe permitirá relaxar numa espécie de “paz cívica”.
O governo, como saldo final deste dia 24 de agosto, saiu ganhando. Mas precisa repensar melhor a sua reação com o Legislativo.

do Blog do Agnaldo (paraíba1)

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